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Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1359777

RESUMO

RESUMO: A atrofia óptica autossômica dominante (ADOA) é uma das formas mais comuns de atrofias ópticas hereditárias, e causada por mutações no gene OPA1. Os pacientes afetados por essa doença geralmente apresentam perda visual na primeira década de vida, podendo apresentar manifestações extraoftalmológicas no decorrer dos anos, configurando uma síndrome chamada OPA1 plus ou ADOA-plus. Objetivos: Relatar caso de paciente portadora da síndrome ADOA-plus, estabelecendo correlações com casos descritos na literatura. Relato de caso: Paciente feminino, 30 anos, foi encaminhada para avaliação de quadro de atrofia óptica progressiva associada a sintomas de neuropatia periférica. Aos dois anos, foi diagnosticada com perda visual parcial em consulta de puericultura. Não relatou outros sintomas associados durante a infância e a adolescência. Aos 20 anos, apresentou dificuldades de deambular, fraqueza em membros inferiores e falta de equilíbrio. Aos 25 anos, após extensa investigação, foi identificada, através de sequenciamento de exoma, mutação patológica no gene OPA1 confirmando o diagnóstico ADOA-plus e iniciado tratamento com Coenzima Q10. Atualmente a paciente relata ataxia sensitiva, diminuição da acuidade visual progressiva, fasciculações e câimbras em MMII, disfagia e dispneia. Discussão: Muitos pacientes com ADOA-plus apresentam surdez neurossensorial como sintoma extraoftalmológico mais comum, além de quadros de parkinsonismo e demência, ataxia e ptose. Paciente relatada constitui um caso de atrofia óptica associado à neuropatia periférica, ataxia e miopatia. Devido à ampla variabilidade clínica dessa doença, deve-se investigar mutações no OPA1 em casos de paraparesia espástica progressiva associada à atrofia óptica, visto que possibilidade de tratamento com Coenzima Q10. (AU)


ABSTRACT: Introduction: Autosomal dominant optic atrophy (ADOA) is one of the most common forms of inherited optic atrophies and is caused by mutations in the OPA1 gene. Patients affected by this disease usually present visual loss in the first decade of life, and may present extra-ophthalmologic manifestations over the years, configuring a syndrome called OPA1 plus or ADOA-plus. Objectives: to report the case of a patient with ADOA-plus syndrome, establishing correlations with cases described in the literature, Case report: a 30-year-old female patient was referred for evaluation of progressive optic atrophy associated with symptoms of peripheral neuropathy. At two years of age, she was diagnosed with partial visual loss during a childcare visit. She reported no other associated symptoms during childhood and adolescence. At the age of 20, she presented with difficulty walking, lower limb weakness, and poor balance. At 25, after extensive investigation, a pathological mutation in the OPA1 gene was identified through exome sequencing, confirming the diagnosis of ADOA-plus, and treatment with Coenzyme Q10 was initiated. Currently the patient reports sensory ataxia, progressive decrease in visual acuity, fasciculations and cramps in the lower limbs, dysphagia and dyspnea. Discussion: Many patients with ADOA-plus present sensorineural deafness as the most common extra-ophthalmologic symptom, in addition to parkinsonism and dementia, ataxia and ptosis. The patient reported is a case of optic atrophy associated with peripheral neuropathy, ataxia and myopathy. Due to the wide clinical variability of this disease, OPA1 mutations should be investigated in cases of progressive spastic paraparesis associated with optic atrophy, since the possibility of treatment with Coenzyme Q10. (AU)


Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Ataxia , Transtornos de Deglutição , Acuidade Visual , Coenzimas , Doenças do Sistema Nervoso Periférico , Transtornos Parkinsonianos , Paraparesia Espástica , Atrofia Óptica Autossômica Dominante , Perda Auditiva Neurossensorial , Cãibra Muscular
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